domingo, 22 de maio de 2011

RESUMO: Oralidade e Letramento


MARCUSCHi, Luiz Antonio. Oralidade e Letramento In: Da fala para escrita: atividades de retextualização. - 9. Ed. - São Paulo: Cortez, 2008. Cap I, p.15 – 45.

Nesse capitulo de introdução Marcuschi busca discutir e esclarecer de forma dinâmica algumas implicações que permeiam o universo lingüístico, por meio de duas vertentes: Oralidade e Letramento, essas representadas por duas modalidades de uso da língua, a fala e a escrita. Em definição desses conceitos se apresenta: Oralidade: prática social interativa para fins comunicativos, que se apresenta de variadas formas ou gêneros textuais fundados na realidade sonora; Letramento: processo que envolve as diversas práticas de uso e envolvimento significativos da escrita na sociedade; Fala: forma da construção textual-discursiva para fins comunicativos na modalidade oral, onde para se comunicar se usa a língua na sua forma de sons articulados e significativos e também envolve a recursos expressivos como a gestualidade; Escrita: modo de produção textual discursiva para fins comunicativos, de caráter gráfico, mas que também envolve recursos de ordem pictórica e outros. Trata-se de uma modalidade de uso da língua complementar a fala.

A proposta é discute oralidade e letramento como práticas sociais de uso, apontando seus papeis na sociedade e discorrendo pelas diferenças e semelhanças entre fala e escrita, sem antes defender a superioridade de uma ou outra. Oralidade e escrita tem características próprias, mas não opostas o suficientes para caracterizá-las como dicotômicas. Essas no entanto, devem ser vistas como atividades interativas e complementares em um quadro mais amplo no contexto das práticas de usos comunicativos e de gêneros textuais sociais e culturais.

O grande objetivo é esclarecer a natureza das práticas sociais que envolvem o uso da língua escrita e falada de modo geral, e apresentar a tese, onde a relação entre essas, deve ser posta em um eixo de um continuo de variações, gradações e interconexões. Exemplificando que a muitos casos onde as especificidades da fala e escrita se aproximam tanto que se apresentam de forma mesclada.

Assim demonstrando que tanto a oralidade quanto a escrita são usadas paralelamente em contextos sociais básicos da vida cotidiana, sejam esses formais ou informais, como na família, escola, trabalho, sendo que seus objetivos de usos se apresentam de forma diversa com intensidades variadas.

No âmbito da discussão abordada, também são apresentadas algumas vertentes que discutiram a relação entre a fala e a escrita, sendo essas as perspectivas, dicotômicas; fenomenológica de caráter culturalista; variacionista e sociointeracionista. Sengundo o autor o objetivo dessas citações é identificar problemas e sugerir um linha de tratamento menos preconceituosa e dicotômica. Assim ele apresenta a teoria onde “às diferenças entre fala e escrita se dão dentro de um continunn tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de pólos opostos”pg 37. Acreditando-se que se concebida por meio desse processo a relação entre fala e escrita receberá um tratamento mais adequado que permitirá aos usuário da língua maior conforto em suas atividades discursivas.

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